Chapter 2 Tema
Existem vários tipos de variáveis aleatórias. Descreva o que é uma variável aleatória, que tipo de variáveis aleatórias existem, e dê exemplos biológicos concretos dessas mesmas variáveis.
2.1 Membros do grupo
Este grupo é composto pelos seguintes elementos:
André Martins, 52577
Chloé Galipeau, 52520
Gabriel Rosa, 52584
João Ramos, 52623
Rafael Silva, 52594
Tiago Garcia, 52532
2.2 Introdução Teórica
- Uma variável aleatória é uma quantidade para a qual sabemos quais são os valores possíveis, mas só sabemos o valor realizado depois de o observar.
- Resulta sempre de um processo aleatório e consequentemente tem uma probabilidade associada, que vai variar entre 0 e 1, sendo que 0 é um evento impossível e 1 é um acontecimento certo.
- Qualquer medição com erro é também uma variável aleatória, pois os erros são acontecimentos aleatórios.
- Estão inequivocamente caracterizadas pela sua distribuição, sendo assim uma distribuição de probabilidade.
- As variáveis aleatórias podem ser classificadas como discretas ou contínuas, dependedo do tipo de valores que podem assumir:
Se os valores possíveis puderem ser contados, então a variável vai ser classificada como discreta. Ou seja, as variáveis discretas são variáveis para as quais há um valor de probabilidade associado a cada valor que a variável pode tomar, e por isso há valores impossíveis de obter entre duas medições. Estes valores podem pertencer a conjuntos finitos, como no lançamento de uma moeda para cara ou coroa; ou a conjuntos não finitos, como por exemplo a quantidade de cervejas vendidas diariamente no minicampus.
Se, por outro lado, houver uma infinidade de valores possíveis não enumeráveis dentro de um determinado domínio, vai ser uma variável aleatória contínua. O domínio considerado pode ser finito, como no caso do pH, que está entre 0 e 14 mas pode assumir qualquer valor dentro desse intervalo. Por outro lado, pode ser infinito, como por exemplo o tempo um aluno demora a chegar a faculdade.
2.3 Exemplo em R
O trabalho que usámos foi uma observação da distância a que os patos reagem à aproximação de uma pessoa, em função de determinados fatores, como o sexo, tamanho do grupo, velocidade de aproximação e presença/ausencia de comida.
As nossas variáveis são então as seguintes:
resposta (contínua): dist - distância a que o pato foge de quem se aproxima
explicatória (binária): sex - sexo do indivíduo observado (macho/fêmea)
explicatória (categórica): tgrup - tamanho do grupo em que o indivíduo se encontra
1 - o indivíduo está sozinho
2 - o indivíduo encontra-se em “casal”
3 - grupo pequeno (3/4 indivíduos)
4 - grupo grande (mais de 5)
explicatória (contínua): vel - velocidade de aproximação em m/s
explicatória (binária): food - presença de alimento
c - presente
s - ausente
2.3.0.1 Análise dos dados
library(readxl)
X52520ChlGal <- read_excel("52520ChlGal.xlsx",
col_types = c("text", "text", "numeric",
"text", "text", "numeric"))
patinhos <- data.frame(X52520ChlGal)
## 'data.frame': 59 obs. of 6 variables:
## $ ID : chr "1" "2" "3" "4" ...
## $ sexo : chr "m" "m" "f" "f" ...
## $ vel : num 1 1.2 1.4 1 1.2 1.6 1.2 1 1 1.1 ...
## $ tgrup: chr "3" "1" "3" "2" ...
## $ food : chr "s" "s" "s" "s" ...
## $ dist : num 0.9 1.3 2 2 0.6 3 1.4 1.2 1.5 1.3 ...
## ID sexo vel tgrup
## Length:59 Length:59 Min. :0.800 Length:59
## Class :character Class :character 1st Qu.:1.050 Class :character
## Mode :character Mode :character Median :3.000 Mode :character
## Mean :2.602
## 3rd Qu.:4.000
## Max. :4.600
## food dist
## Length:59 Min. :0.100
## Class :character 1st Qu.:0.500
## Mode :character Median :1.100
## Mean :1.271
## 3rd Qu.:1.850
## Max. :3.400
2.3.0.2 Distância em função do tamanho do grupo
#### Distância em função da presença ou ausência de comida
O tamanho do grupo e a presença de comida são exemplos de variáveis discretas.
2.3.0.3 Distância em função da velocidade de aproximação
A velocidade é uma variável contínua.
2.4 Exemplos reais de aplicação
Como exemplos reais de aplicação escolhemos os artigos:
- Wernberg et al. Climate-driven regime shift of a temperate marine ecosystem. 2016
- Rosa R, Rummer JL, Munday PL. 2017 Biological responses of sharks to ocean acidification. Biol. Lett.
No primeiro deles é abordado o tema das reconfigurações nos ecossistemas, que são provocadas por ondas de calor. São apresentadas como variáveis aleatórias a percentagem de cobertura do recife e a anomalia na temperatura à superficie da água.
No segundo, o tema é as respostas nos tubarões à acidificação do oceano e são nos descritas as seguintes variáveis: Temperatura, Difusão de CO2 e o pH da água.
2.5 Recursos adicionais
Duas páginas que consideramos boas para mais informação no tema são:
O video da Khan academy sobre variáveis aleatórias. https://www.khanacademy.org/math/statistics-probability/random-variables-stats-library/random-variables-discrete/v/random-variables
Site informativo http://www.stat.yale.edu/Courses/1997-98/101/ranvar.htm
2.6 Considerações finais
Em suma, variáveis aleatórias são um aspeto fundamental do método científico e saber como interpretá-las e manipulá-las é indispensável.
2.7 Referências
- Wernberg et al. Climate-driven regime shift of a temperate marine ecosystem. 2016
- Rosa R, Rummer JL, Munday PL. 2017 Biological responses of sharks to ocean acidification. Biol. Lett.
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Vari%C3%A1vel_aleat%C3%B3ria
- Slides das aulas teóricas de EN