Capítulo 11

Vi-o. Aquele de quem estava à procura. O maravilhoso e imponente T-Rex. Infelizmente, ele não estava muito longe e também reparou em mim.

— Bom, chegou a minha hora!

Saí dos arbustos, mas não corri. Se lhe virar costas, ele vai apanhar-me muito mais rápido. Se agir com calma, talvez, só talvez, ele não me coma. Só talvez. Ele saiu dos arbustos e andou na minha direção. Todo o meu corpo me dizia para correr, mas não o fiz. Ele rugiu. Não saí do sítio. Acho que ouvi uma voz no fundo, mas não entendi o que ela disse. Não devia ser importante. Ou real.

Voltei a ouvir a voz.

Ignorei. Não podia virar costas ao T-Rex agora. Ele voltou a rugir, mais alto. Estava a tentar intimidar-me.

Voltei a ouvir a voz, mais alto também. Desta vez percebi o que dizia. Estava a chamar-me.

Parecia… a minha mãe?

Voltou a chamar-me.

Olhei para trás, para o sítio de onde vinha a voz e vi o meu quarto.

Voltei a olhar para a frente e estava deitada na minha cama!

Mas…

Havia um livro aberto à minha frente. A última coisa que dizia era: “O dinossauro rugiu, ameaçador”.

Ouvi a minha mãe a chamar-me para o jantar. Reconheci a voz dos meus avós, do meu pai e dos meus irmãos a conversar.

Lembrei-me dos livros na minha mochila, e comecei a ligar os pontos: De cada vez que nós íamos para algum lado, aparecia um livro na minha mesa. Um livro que dizia exatamente o que se tinha passado connosco. A minha avó sempre disse que “os livros transportam-nos para sítios mágicos”. Sítios mágicos como aqueles em que eu estive com os meus amigos.

Sítios mágicos como aqueles que apenas existem na imaginação dos livros…








O Fim