Episódio 1 Origens…
Nasci em 1979 (1.1), em uma família de classe média típica da época que batalhava para conquistar a ascensão social por meio da educação. Minha mãe, Maria Lúcia Magalhães de Oliveira, é técnica em química e, quando grávida de mim, graduou em Engenharia Mêcanica no CEFET-MG. Posso dizer que minha relação com essa instituição começou quando eu ainda estava sendo gestada e que nossos caminhos voltaram a se relacionar mais tarde. Meu pai, Odimar José de Oliveira, é administrador de empresas (1.2). Não tenho irmães (de sangue), mas ao longo da vida tenho acumulado grandes amiges cujo amor fraterno é tão grande, ou até maior, do que aquele entre irmãos nascidos de pais comuns. Não vou listar esses amiges nominalmente, pois corro o risco de deixar alguém de fora, mas saibam que moram no meu ❤.
Meus pais trabalhavam em tempo integral e eu ficava sob cuidados da minha avó Gecy de Oliveira Magalhães (1.3) e de funcionárias domésticas. Minha avó foi uma das pessoas mais importantes na construção do meu caráter, da minha personalidade e da minha essência. Infelizmente ela não se encontra mais neste plano terreno, mas com certeza preenche um pedaço enorme do meu coração. Naquela época a educação era um efetivo caminho para o acesso a oportunidades, para a redução das distâncias entre o hoje e um futuro melhor. Meus pais se esforçaram para pagar mensalidades de escola particular, cursos complementares de língua, datilografia, artes. Estudei no Colégio Santa Doroteia1. Naquele contexto, era a melhor educação formal que os pais poderiam proporcionar aos filhos. Ainda considerando a educação como instrumento de transformação, meus pais viabilizaram que eu me tornasse proficiente em língua inglesa e em datilografia2.
Sempre fui uma estudante dedicada e preocupada com o desempenho acadêmico, sem, no entanto, considerar que o êxito acadêmico no sistema de ensino tradicional revelaria algo sobre mim ou me colocaria em posição diferente dos meus coleges e amiges. Entretanto, até o início da adolescência, sempre fui bastante introspectiva e tímida.
Dos 4 aos 16 anos nadei, nadei, nadei…. 🏊🏊🏊🏊 e estudei 📚, sendo a repetição das palavras um proxy da intensidade dessas atividades na minha rotina. Ao longo da adolescência fui descobrindo novas maneiras de me relacionar com as pessoas, o que foi muito positivo também nos caminhos que construí para a vida profissional.
Aos 16 anos me aventurei na primeira experiência internacional. Morei como estudante de High School por 6 meses nos Estados Unidos, no estado Idaho3. Foi uma experiência maravilhosa. Em meados da década 1990, a internet era um advento tecnológico disponível apenas em centros acadêmicos e as ligações telefônicas tinham preços proibitivos! Nosso principal meio de comunicação era o correio convencional e a troca de cartas.
Quando retornei desse período de intercâmbio, …4
Escola confessional católica tradicional de Belo Horizonte Site↩︎
Materializando as quatro décadas da minha existência 🥰.↩︎
Não se preocupe se nunca ouviu falar. É realmente um lugar conhecido apenas por suas batatas maravilhosas 🥔!↩︎
Minha trajetória como docente é apresentada nos próximos episódios.↩︎