Monta-se uma hipótese principal (hipótese nula)
em que \(\theta\) é uma característica da população.
Exemplos:
proporção populacional;
média populacional;
variância da população;
distribuição da população;
homogeneidade;
entre outros.
Ou seja, é feita uma afirmação sobre uma característica.
Obtém-se uma estatística para testar \(H_0\).
Decide-se sobre rejeitar ou não essa hipótese.
Caso \(H_0\) seja rejeitada, sua hipótese complementar (alternativa) é considerada como verdadeira.
Então, o teste deve ser dicotômico, com apenas duas possibilidades.
A hipótese alternativa é normalmente denotada por \(H_a\) ou \(H_1\).
Aqui denotaremos por \(H_a\).
Um tipo de cabo de aço é fabricado de modo que sua resistência seja uma variável aleatória que segue uma distribuição normal com média de 12 kgf e desvio-padrão de 5 kgf.
O controle de qualidade decide analisar a qualidade dos cabos produzidos.
Para isto, seleciona uma amostra aleatória de tamanho 15, que forneceu os seguintes valores:
3.89 | 8.56 | 9.79 | 10.98 | 8.78 | 6.43 | 14.92 | 7.69 | 13 | 11.77 | 9.04 | 12.8 | 7.35 | 7.64 | 19.86 |
\(\mu_0\) | \(\overline{x}_{obs}\) | \(\sigma\) |
---|---|---|
12 | 10.17 | 5 |
O que dizer sobre a resistência, tem mesmo média \(\mu_0\)?
Para realização de um teste de hipóteses para a média da população, \(\mu\),
deve-se formular duas hipóteses:
hipótese nula \(H_0\) e
hipótese alternativa \(H_a\).
Se \(\mu_0\) é um valor suposto para a média da população,
então podem ocorrer os seguintes testes.
- Teste bilateral: \[H_0: \mu=\mu_0 \ \ \ \mbox{ contra }\ \ \ H_a: \mu\neq\mu_0\] - Teste unilateral a esquerda: \[H_0: \mu=\mu_0 \ \ \ \mbox{ contra }\ \ \ H_a: \mu < \mu_0\]
- Primeiro devemos formular as hipóteses
\[H_0: \mu=\mu_0 \ \ \ \mbox{ contra }\ \ \ H_a: \mu\neq\mu_0\]
Se a distância \(|\mu_0-\overline{X}|\) for grande, rejeitamos a hipótese \(H_0\) e ficamos com \(H_a\).
Caso contrário, não rejeitamos \(H_0\), concluíndo que é plausível a afirmação \(\mu=\mu_0\).
Como avaliar a distância entre a média proposta e a média amostral?
Deve-se calcular a probabilidade de se ter valores mais extremos que \(\overline{X}\), sob \(H_0\).
\(P(\overline{X}>\overline{x}_{obs})\) ou \(P(\overline{X}< \overline{x}_{obs})\).
Para tomar a decisão com base no valor de P, deve-se fixar um nível de significância \(\alpha\) para comparação com esse valor.
O nível de significância \(\alpha\), em geral, é um dos valores: 0,1;0,05;0,02;0,01.
Se \(P < \alpha/2\), rejeita-se \(H_0\).
- Para tomar a decisão com base nos quantis, deve-se obter um intervalo de confiança em torno de \(\mu_0\).
\(\mu_0 \pm Z_{\alpha/2} \frac{\sigma}{\sqrt{n}}\)
A hipótese \(H_0\) é rejeitada se \(\overline{x}_{obs} \notin \left[\mu_0 - Z_{\alpha/2} \frac{\sigma}{\sqrt{n}}; \mu_0+ Z_{\alpha/2} \frac{\sigma}{\sqrt{n}}\right]\).
- Se \(H_0\) não é aceita pode ser cometido o erro do tipo 1: - rejeitar \(H_0\) verdadeira:
\[P(\mbox{ rejetar } H_0 |\mbox{ verdadeira}) = \alpha\] - não rejeitar \(H_0\) falsa, erro do tipo 2:
Em geral o erro do tipo 2 é analisado por meio de uma função, denomidada “função poder do teste”, em que se deseja equilibrar esses dois tipos de erros.